Num ambiente corporativo então, estas dificuldades assumem proporções por vezes devastadoras. Você já parou para pensar que comunicação requer tempo e que as pessoas acabam atropelando, pulando etapas porque é preciso dar resultados rapidamente? A informação acaba sendo repassada sem necessariamente o emissor se assegurar da compreensão do outro e é exatamente aí que os problemas começam. A inocente brincadeira do "telefone sem fio" acaba por se tornar um dado de realidade no ambiente corporativo, cenário que Roberto Shinyashiki descreve muito bem na citação acima.
Ocorre que na velocidade em que todos nós estamos nos comunicando não nos damos conta que num processo de troca de informações a capacidade de ouvir é a habilidade de comunicação mais importante. Para que se tenha uma idéia da complexidade de um processo aparentemente simples que é o "ato de ouvir", ao recebermos uma informação, nosso cérebro pode processá-la das seguintes formas:
- Ouvindo apenas o que queremos ouvir;
- O que imaginamos que o outro ia falar;
- O que gostaríamos que o outro dissesse;
- Somente as partes que nos agradem, agridem ou emocionam;
- Comparando o discurso com assuntos que ouvimos anteriormente;
- Não ouvindo nada!
Falhas na comunicação resultam em relacionamentos truncados, o que acaba gerando um clima ruim dentro das empresas. E é exatamente neste ponto que a comunicação ruim produz conflitos: quando se supõe que o fato de emitir, compartilhar e disponibilizar a informação vai garantir a compreensão da mensagem.
"É preciso saber falar, mas ouvir é mais importante", afirma José Tolov Jr., Presidente do Instituto Great Place to Work. É como numa emissora de rádio que precisa de todo aparato técnico, bons profissionais para cuidar da comunicação e ser ágil na hora de informar. Mas nada disso vai adiantar se na outra ponta o rádio estiver desligado.
postado por: Sandra
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